segunda-feira, 9 de julho de 2012

Peso na consciência não se mede com balança

    É eu sei, não é um bom título. Aliás, não sei se já comentei, mas gosto desse tipo de metalinguagem. Voltando ao assunto, que é o título, é normal se explicar o porquê dele. Farei isso. No final da postagem. Quem sabe tenha um motivo para você continuar lendo. Aliás, não sei se já comentei, mas gosto dessa conversa com o leitor. Aliás, adoro a expressão”aliás”, faz parecer que você tem bastante assunto.
     Mas a grande verdade é que tem duas coisas que não tenho: assunto e emprego (na verdade tem muitas coisas que não tenho, mas tive que ressaltar estas duas, para fazer ligação do primeiro parágrafo com o assunto do meu problema). Nos meus primeiros meses na Universidade esperava que até o meu terceiro ano, eu já tivesse o suficiente para comprar um carro. Atualmente estou indo para o último semestre do curso tendo que emprestar dinheiro para pagar a passagem do ônibus.
    Desde o fim do segundo ano, procurei por um estágio. Teria sido mais fácil procurar a Ilha de Lost. Se bem que isso me faz lembrar que até os empregados da Dharma, como o nome diz eram... Empregados. Todos parecem conseguir emprego menos eu. Já passei por várias entrevistas. Irei comentar sobre elas nas próximas postagens. Como estou de  férias, e não conseguirei emprego mesmo, começarei a contar minha saga do desemprego. E sobre como não ter um trabalho deixa um peso tão grande na minha consciência, que nenhuma balança seria capaz de medir.


sábado, 20 de agosto de 2011

Ladeira a baixo


     Não basta as coisas não irem bem, elas estão piorando cada vez mais. Achei que estava mais forte, que tinha melhorado mas percebo que os mesmos velhos problemas ainda me atingem, não tenho tanta força quanto achei que tinha. Os problemas em casa se agravaram e pelo jeito não serão resolvidos, meus trabalhos na aula estão cada dia mais difíceis e sinto que não vou conseguir cumprir tudo que preciso neste semestre e vou decepcionar a todos. Esse terrível, irritante e vergonhoso medo da realidade ainda me persegue, como se eu tivesse receio de encarar o que tenho de frente para mim, pois sei que tudo sempre dará errado, e o pior, é que realmente sempre dá errado.
     Mesmo que me esforce, que dê tudo de mim, não é como se isso fosse o suficiente para as coisas melhorarem. Um exemplo, estes dias eu tinha uma entrevista de emprego sai de casa três horas antes do horário, para ter certeza de não me atrasar, então o site que eu iria olhar que ônibus pegar estava fora do ar, o caminho que eu peguei estava em obras e o meu ônibus levou mais de uma hora em um trajeto que deveria ser de 25 minutos, ninguém sabia me informar como chegar no local da entrevista, ou seja, deu tudo errado, cheguei na entrevista com atraso, e nem preciso dizer que não fui escolhido para a vaga. É como se sempre tudo tivesse que ser mais difícil para mim, sempre tem que ter uma dificuldade extra, e quando eu me dedico em algo surge algo exterior que atrapalha tudo e me deixa mal mais uma vez. Por falar em emprego duvido muito que eu encontre um que seja bom para mim, procuro e procuro, mas todos que encontro não me contratam, mais uma vez uma prova de que tudo tem de que dar errado para mim. 
    Pensei que tudo estivesse melhorando, estava errado e tudo piorou ainda mais, não sei o que fazer. Me sinto perdido com um frio no estômago, as pernas fracas, aperto no peito e uma vontade de gritar bem alto, no entanto, mesmo que eu gritasse tão alto que todos do mundo me ouvissem isso não iria adiantar em nada, eu continuaria sendo um nada. Tudo para mim tem que ser sempre tão difícil. E é só eu me sentir um pouquinho melhor que logo vejo tudo indo, junto com minha autoestima, por ladeira a baixo. 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vazio


       Já estamos em abril e só agora faço o primeiro post de 2011, não sei se é algo para se comemorar ou não, afinal de contas, a maioria das vezes em que escrevi aqui foi por não conseguir me expressar em qualquer outro lugar, ou simplesmente não querer me expressar em qualquer outro lugar. Se levei quatro meses desse ano para postar algo deve ser porque as coisas estão indo bem, mas agora estou aqui, então talvez não estejam indo.
       Tudo anda confuso demais ultimamente, tenho ficado perdido horas dentro de mim. Tenho evitado demais a realidade, vivendo, como sempre dizem para mim, no ‘mundo da lua’. Tenho essa mania de pensar demais, sempre tive. Sinto-me tão confuso que se você olhar os meus  posts anteriores a este, verá que eles são com estilos e temáticas completamente diferentes uns dos outros. Uma boa síntese do que é a minha mente. Hoje simplesmente não consegui fazer nada, fiquei estirado na minha cama o dia todo, me sentindo tão sem energias e vazio, e se você me perguntar o porquê de eu estar assim... Nem eu mesmo sei.
        Tenho tantos trabalhos para fazer, tantas coisas para procurar, tanto por terminar. Continuo aqui evitando a realidade. Até agora ainda estou pensando se estou escrevendo aqui para me expressar ou simplesmente para evitar ter de começar minhas atividades. Ninguém me cobra mais do que eu mesmo, e ninguém se perturba mais com isso do que eu mesmo. Estou tentando mudar, mas sempre que começo um esforço algum tempo depois acabo voltando à rotina, sempre parece cômodo continuar da mesma forma. Afinal das vezes que as coisas começaram a mudar para mim, e eu começava a gostar dessa mudança, sempre via minhas expectativas serem destruídas no final. Agora caí nesse paradoxo de desejar as mudanças, de procurá-las, mas sentir o temor delas se tornarem reais; não temor pela simples mudança, mas temor pelo fato dela poder ser muito ruim.
         Claro. Você me diria que é um exagero, que não devo ficar assim, ou que logo passa, sim, eu sei de tudo isso, e tenho essas coisas na minha mente, o que acontece é eu não conseguir encontrar essa energia aqui dentro para continuar. Esse texto talvez tenha ficado melancólico demais, mas eu precisava me expressar, colocar isto para fora. No entanto já estou mudando. Quer uma prova? Ela está aqui: postei esse texto no meu blog.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pequeno problema

Simplesmente tudo foi acontecendo, não pude conter a correnteza, num piscar de olhos os meus dias estavam passando. O que eu considerava fixo agora já é passado. E continuei seguindo em frente, mirando o horizonte, acreditando que fatos novos podem acontecer, que nosso futuro está sendo alterado a todo momento. A vida foi assim me levando, sem esperar meu consentimento, afastando algumas pessoas, me trazendo outras, sempre foi assim, acredito que vai continuar sendo. Mesmo existindo momentos em que eu apenas não queria seguir adiante, ou por medo, ou por estar feliz onde estava, mas a vida não pára simplesmente, ela não é tão boa, nem tão cruel assim.
Respiro fundo, e penso em tudo que me cerca, pessoas, ambientes, situações, como cheguei aqui, e me pergunto, se é aqui mesmo que eu gostaria de estar. Aquilo que mereço, é estar nesse momento aqui? Eu mereço algo? Eu devia esperar mais, ou apenas aceitar tudo como uma jogada de dados do universo, da qual só posso esperar o resultado, e torcer para que não seja negativo? A resposta para todas as dúvidas que tive, sempre me pareceu que podia ser apenas uma: mudança.Mudar nem que seja apenas para procurar respostas diferentes e me fazer entender, o que me traz onde estou, e que caminhos devo seguir, e se aqui é onde eu deveria estar.
Cada dia que passa, reflito mais, e sinto que tem algo querendo acontecer aqui no meu interior, aguardando a situação certa, então tento despertar este algo desconhecido, para me alavancar adiante, como seu eu pudesse fazer mais, e não simplesmente ser arrastado por correntes que não controlo. E só de pensar no que pode acontecer, até onde minhas capacidades podem ir, isso já me anima, e me faz enxergar o circulo ao meu redor com menos repulsa, e ver em tudo uma oportunidade de crescimento, seguir adiante é melhor quando você tem noção de uma possibilidade de avanços. Continuo criando e recriando. O problema é que, como diz Caio F. Abreu, talvez essa coisa que desejo tanto que aconteça dependa de uma outra pessoa para começar a acontecer.

Apoio

Acredito que pior que sofrer, é ver quem você gosta sofrendo. Dói. E pior do que isso é não poder fazer nada para mudar aquela situação, se sentir de mão atadas, por não poder mudar algo em relação ao mundo, porque as vezes os problemas que atingem os outros, estão em proporções além daquelas que podemos controlar, e quando nos damos conta disso é como se o chão sumisse sobre nossos pés. O importante nessa hora, é não perder para o desespero, e nem para aflição, por mais que uma situação pareça sem saída, ainda é possível procurar uma solução. Ficar junto, dar apoio, oferecer um ombro, pode ser em muitos casos a melhor cura para um mal, é importante quando todo o universo conspira contra, saber que existe alguém que se importa, alguém que vai estar de braços abertos para te amparar nas horas difíceis, e com os mesmos braços vai te abraçar para comemorar os momentos alegres.


As vezes é mesmo difícil em meio a uma turbulência conseguir respirar e não se deixar tomar por sentimentos ruins, contudo, se pararmos e analisarmos tudo com calma, veremos que as vezes aquilo que parecia um desastre imenso, pode ser contornado, com parcimônia e um pouco de paciência. Por isso ao ver alguém com um problema do qual a solução não depende apenas de mim, um problema familiar por exemplo, ofereço minha companhia, meu apoio, minha amizade, me coloco a disposição da pessoa, afinal em momentos assim é bom saber que não se está sozinho. Não sei se esta é a melhor maneira de ajudar alguém, ou a mais recomendada, mas é o que eu gostaria que fizessem por mim, se eu estivesse em uma situação assim. E como diz o anime Fruits Basket: se existe alguém que pode te ferir, existe alguém que pode curar suas feridas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Nho

Ela, a insegurança



É aflitiva, como se sentir em um labirinto escuro e sem saída, a sensação de você não ter uma resposta para algo. É posso dizer que é natural então, de nós humanos, sempre que nos confrontamos com uma situação em que não sabemos qual o próximo passo sentirmos insegurança. Pessoas seguras de si obviamente apontariam isso como uma desculpa, ou dariam um sorriso amarelo como quem diz “pobres pessoas inseguras, sou diferente de vocês”
Devo pintar de azul ou de vermelho? Será que devo ir pela esquerda ou pela direita? Faço assim, ou daquele outro jeito? Dificuldade em tomar decisões, fazer escolhas e seguir caminhos, esta é uma maneira bem fácil (e até real) de se definir alguém inseguro, no entanto insegurança não é algo tão simples, não se trata apenas de escolher Azul ou vermelho, esquerda ou direita, envolve muito mais, trata de uma confusão de sentimentos, dúvidas, suspiros, e medos que só quem já teve um momento assim consegue compreender.
Normalmente pessoas inseguras são tratadas com desdém, vistas como se tivessem algum defeito moral, e que são culpadas por não mudarem sua personalidade, realmente ser inseguro não é motivo de orgulho, nem de satisfação, e por isso mesmo, quem está ao redor de alguém assim deve antes de julgar, tentar entendê-lo. Toda insegurança tem uma razão de ser, ninguém é inseguro porque quer, seja ela em relação a algo, ou alguém, se estudar esta razão, provavelmente se conseguirá uma maneira de se ver livre deste sentimento. Com exceção dos distúrbios mais sérios, as inseguranças do nosso dia-a-dia podem facilmente ser combatidas: com diálogos, atitudes novas, mudanças de comportamento, um tempo só para si, e porque não também, com umas boas risadas.
Ficar com o semblante atormentado, lábios cerrados, ar perdido, peito apertado, frio no estomago é comum para quem pelo menos uma vez já sentiu medo do futuro, o que é completamente normal, duvido que exista um ser humano que pelo menos uma vez não tenha sentido uma sensação de insegurança, ao não saber qual o próximo caminho que deveria escolher. Além de normal, a insegurança é também fundamental para nossa sobrevivência, pois ela nos coloca diante de situações em que se espera uma nova ação de nossa parte, e o estar inseguro nos leva a pensar nos prós e contras de nossas escolhas, se fossemos completamente seguros toda a parte do tempo, sairíamos tomando decisões descontroladamente sem pensar nos reflexos que elas podem ter em nós e ao nosso redor, a insegurança é o estágio que precede a segurança. Somos frutos de nossas escolhas, e pensar antes de agir é fundamental.
Há de se ter cuidado, no entanto com o tamanho da sua insegurança, afinal nada mais natural do que passar noites em claro diante de uma decisão muito importante para sua vida, mas se começar a tornar um sacrifício tomar decisões simples como tomar suco ou refrigerante? Usar sapato ou tênis? Aí você pode estar desenvolvendo um distúrbio e precisa procurar a ajuda de um profissional, para não virar escravo de sua mente. Em pequenas doses, insegurança é algo que acontece normalmente, não há porque se desesperar, todo mundo passa por isso, afinal nenhum de nós é senhor do futuro ( e as vezes acho que nem de nós mesmos), e devemos sim nos preocupar com o que ainda vai de acontecer, mas não podemos fazer isso e esquecer de viver o presente. O fundamental para uma vida saudável, e para um bom desenvolvimento das suas capacidades, é saber lidar com essa sensação, assim quando surgir alguma dúvida do tipo se deve pintar algo de azul ou de vermelho, você acabe percebendo que amarelo ficará melhor ainda.